Desistir não é uma opção

Escrito por Elinaldo Azevedo
em 03/04/2024

Nasci no final do anos 70. Muitos podem me chamar de tiozão, tio do "zap" (apesar de eu sempre me atualizar), tio do pavê, "boomer" ou simplesmente de tio. Este não é um texto sobre "como minha geração era boa", por sinal, acredito que toda geração tem seus pontos positivos e negativos. Por exemplo, no período dos anos 80, tínhamos uma preocupação muito grande com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e drogas ilícitas, haviam muitas campanhas de sensibilização e conscientização. Atualmente, vemos muitas campanhas nas escolas contra o bullying e suicídio. Este texto contém contextos pessoais, inclusive.

Percebo o mundo ao meu redor lendo notícias, assistindo a vídeos e ouvindo áudios na internet, mesmo que sejam falsos ou não. Assim consigo treinar meu discernimento e percepção dos fatos. Afinal, estamos vivendo uma época de questionamentos factuais, morais e éticos. Mas vou falar através dos exemplos que os filmes nos trouxeram.

Quando Rocky - Um lutador estreou em 1976, por ser um sucesso, abriu os olhos de muitas pessoas que estavam mirando apenas na fantasia, romance, guerra e terror. Rocky trouxe um olhar diferente e mais realista de uma pessoa comum que tem um sonho e, literalmente, luta para alcançar este sonho. Ou seja, SUPERAÇÃO. O conceito do filme foi tão bom que ganhou Oscars e várias sequências (nem todas foram boas). Mas, pra mim, o melhor diálogo é este:

Depois de Rocky, muitos outros seguiram a mesma linha, O Campeão (1979) tinha um conceito mais trágico e dramático, mas buscava superação com heroísmo (cuidado com o menino, ele pode fazer você chorar). Outro filme era Retroceder Nunca, Render-se Jamais (1985), o filme que iniciou Jean-Claude Van Damme no cinema. Sim, é um filme com uma produção mais barata, mas chegou aos cinemas na época. Podemos inclusive colocar Karatê Kid (1984), que insere conceitos de crescimento, superação de medos e descobertas.

Desde então, outros filmes foram produzidos para o tema de superação, de cenários fictícios e fantasiosos como Wall-E (2008), até cenários realistas como À Procura da Felicidade (2006). Para mim, este filme, o diálogo entre pai e filho continua sendo a melhor:

Não é por ser somente pai e filho, mas por ser alguém experiente passando seu conhecimento para alguém em desenvolvimento, seja Junior ou Pleno. Encontramos muito isso nas empresas, os Sênior com Juniors. O desenvolvimento profissional deve ser de pessoas para pessoas e não de máquina para pessoas. Não errar, dizer o que fazer, dizer o que é certo e errado, são atribuições de um Sênior que sabe seu papel no desenvolvimento de uma equipe.

Ser mais o velho ou mais experiente, não é apenas ser mais o caro ou mais o teimoso, é trazer equilíbrio e sensatez para a equipe, é mostrar que as coisas podem ser feitas da forma correta com o mínimo de esforço. Os menos experientes da equipe precisam de disciplina e limites, assim como qualquer criança que entra no mundo novo querendo experimentar tudo. Eu também já fui assim. Adorava explorar todas as possibilidades e arriscar mais só para saber o que iria acontecer. Mas chega um momento em que o mais experiente impõe sua sabedoria e o neófito deve ouvir.

Atualmente, muitas empresas privilegiam mais os neófitos que os Sêniors, mesmo que estes fiquem em constante atualização. Uma coisa é estar atualizado com os fatos, outra coisa é não deixar de ser quem você é por conta do mercado. Empresas assim, tendem a ter turnovers (rotatividade de colaboradores) e pivotagens (mudança na estratégia de negócios) muito frequentes, pois precisam amadurecer sua cultura e descobrir sua missão. Isso faz com que desistam em empreender.

Desistir não é uma opção. No mundo em que vivemos, ter um sonho, uma meta, um ideal, se ficar apenas em nossas mentes, serão apenas ideias. Mas se for à luta, buscar soluções para resolver, fazer os neurônios trabalharem ou suar a camisa, deixará de ser apenas uma ideia e tornar-se-á a realização deste sonho, meta ou ideal.

Se você está procurando um novo emprego, NÃO DESISTA! Se você estiver fazendo um curso difícil, NÃO DESISTA! Se você estiver com dificuldades na sua empresa, NÃO DESISTA!

Só há uma única opção para a desistência: Recuperar o tempo que você perdeu tentando. O tempo não volta, mas você aprende com ele. Então...

RETROCEDER NUNCA, RENDER-SE JAMAIS!

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